Com o passar do tempo, o triangulo amoroso. Vivido pela Lua, Sol e Mar. Ficou incontrolável. As amigas de lua começaram a assuntar sobre quem era o formoso rapaz que cortejava a Lua vestido de luz e qual a reação de Mar pela presença de tão garboso oponente.
Lua ao pressentir o perigo começou a ignorar Sol, sem saber que ele era o próprio Deus Tupã. Quanto mais a Lua ignorava o Sol, mas ele se apaixonava por ela.
Até que um dia, Tupã insatisfeito com o amor de Lua por Sol pensou: “Como pode ela amar tanto um simples mortal e desprezar eu, O mais belo dos homens o reflexo humano de um Deus”. Contrariado ele usou de seu poder para indiuzir as amigas de Lua a contar a Mar o que estava se sucedendo. O desgosto foi tão grande que o mesmo resolveu enfrentar o forasteiro e sua amada frente a frente.
Naquele instante entre a criação e o firmamento estava frente a frente Sol, Lua e Mar. Lua declarou seu amor a Mar na frente de Sol, proferindo: “Jamais serei sua Sol, amo o Mar com toda a minha alma e é dele o meu coração hoje, ontem e sempre”.
Ao ver nos olhos da amada o desprezo, o Sol enfurecido usou mais uma vez o seu poder transformando sua rainha amada, num dos mais belos astros do sistema solar, entretanto a bela necessitaria eternamente da luz do sol para brilhar e se aquecer, para que Lua não ficasse sozinha Tupã transformou todas as suas amigas em estrelas.
Desta forma o Sol (Deus Tupã), a Lua (Sua Amada) e as Estrelas (Amigas da Lua) subiram aos céus. Deixando Mar para traz. Sobre a terra ficou o mais triste dos homens que acabava de perder o seu amor para o próprio Deus Tupã, em um relance de pensamento o mesmo lembrou de suas palavras desafiando o Deus em outrora, o mesmo arrependeu-se de ter posto o amor de Lua em desafio.
Por dias, semanas, meses e talvez anos o mesmo gritou aos céus a volta do seu amor presa ao firmamento, mas era tarde a Lua tinha partido para nunca mais voltar. Em uma última tentativa de lucidez, o Mar pediu a Tupã que o perdoasse e devolvesse sua amada aos seus braços ou o tirasse daquela situação, daquela forma humana e chorou, chorou como ninguém jamais havia chorado na face da terra, se transformando em um mar de água salgada, Tupã ao ver a súplica o transformou no próprio pranto, dando origem aos oceanos.
Foi assim que entre o crepúsculo e o amanhecer, para todo o sempre estava criado os astros do céu, o Sol (o próprio Deus Tupã) com todo o seu esplendor, vestido de luz. Apaixonado pela Lua presa ao firmamento. A Lua com seu coração frio e vazio, presa ao firmamento por Tupã, longe do seu amor o Mar, só permitiu ser cortejada pelo Sol (seu dominador) de épocas em épocas, nós eclipses sololunar.
A Lua passou a ser reflexo da solidão. Entretanto todos sob a face da terra sabem que a Lua continua a atrair o Mar (chamá-lo), durante a ausência do sol. Certas noites a lua chega a provocar catástrofes na terra de tanto chamar o Mar para próximo de sí. Já o mar se transformou em um infinito de água salgada, oriunda do pranto da desilusão de seu amor desfeito por Tupã.
Perfeito, uma linda história.
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