domingo, 14 de junho de 2009

DESENHOS DESENVOLVIDO EM EQUIPE PELOS ALUNOS DA EMEF EMILIA GOMES

DESENHOS FEITO PELAS EQUIPE DE ALUNOS DA
ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA EMILIA GOMES BARRETO
DENTRO DO PROJETO DE PRODUÇÃO TEXTUAL E ARTE



sábado, 6 de junho de 2009

O AUTOR E O ILUSTRADOR

O AUTOR


Cássio Marques descedente de Potiguara Sempre adorou ouvir histórias contada no fim de tarde debaixo de um pé de manga pelos anciões de seu povo. de tanto ouvir histórias folclóricas de medo e quebranto, apaixonou-se pelas lendas e mitos. E nesta obra presentia os pequenos leitores com o mais belo mito entre os Potiguara. A história do Sol do Mar e da Lua, um mito que retrata uma época além do surgimento do próprio firmamento, uma história de amor e encanto, digna dos mais belos muitos ancestrais.

O ILUSTRADOR


Felipe Padilha descedente de Potiguara nasceu e cresceu em Baia da Traição entre o mar e a natureza. Em sua primeira experiência como ilustrador, desvenda o mundo da aquarela mista em seus desenhos que permitem que os nossos olhos deslizem pelos traços geometricos e pelas cores alegres. Que transmitem a luz do sol em contraste com a magia e a penumbra da noite.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

A HISTÓRIA DO SOL, DO MAR E DA LUA

A HISTÓRIA DO SOL, DO MAR E DA LUA

TEXTO: CÁSSIO MARQUES E ILUSTRAÇÕES: FELIPE PADILHA


Conta os antigos que há muitos e muitos anos atrás, mas ou menos pela época do surgimento do universo. Ainda naquele tempo de transformações e criação. Existiam dois índios completamente apaixonados um pelo outro. O Mar e a Lua. Mar e Lua tinham um amor tão intenso que era reconhecido nós quatro cantos do universo, por onde os homens andavam ouvia se falar no amor de Mar e Lua.


Só que certa vez o Mar embriagado de amor por Lua, desafio Tupã ao proferir que Lua sua amada gostava muito mais dele do que do próprio Tupã. Deus ao saber das bravatas de Mar resolveu lhe dar uma lição. Transformando-se num moço de infinita beleza denominado Sol, vindo a terra provocar o Mar em seu amor por Lua.

O Sol chegou maravilhoso vestido de luz e ao se aproximar de Lua, foi vitima do seu próprio veneno ao se defrontar com a Índia apaixonou – se loucamente por ela que possuía uma rara beleza. Desta forma Tupã começou a Deixar várias vezes o céu e descer a terra vestido de sol para cortejar Lua, que também sentiu – se atraída pelo jovem Sol que transmitia uma luz tão intensa que iluminava e aquecia o seu coração.

Com o passar do tempo, o triangulo amoroso. Vivido pela Lua, Sol e Mar. Ficou incontrolável. As amigas de lua começaram a assuntar sobre quem era o formoso rapaz que cortejava a Lua vestido de luz e qual a reação de Mar pela presença de tão garboso oponente.
Lua ao pressentir o perigo começou a ignorar Sol, sem saber que ele era o próprio Deus Tupã. Quanto mais a Lua ignorava o Sol, mas ele se apaixonava por ela.


Até que um dia, Tupã insatisfeito com o amor de Lua por Sol pensou: “Como pode ela amar tanto um simples mortal e desprezar eu, O mais belo dos homens o reflexo humano de um Deus”. Contrariado ele usou de seu poder para indiuzir as amigas de Lua a contar a Mar o que estava se sucedendo. O desgosto foi tão grande que o mesmo resolveu enfrentar o forasteiro e sua amada frente a frente.


Naquele instante entre a criação e o firmamento estava frente a frente Sol, Lua e Mar. Lua declarou seu amor a Mar na frente de Sol, proferindo: “Jamais serei sua Sol, amo o Mar com toda a minha alma e é dele o meu coração hoje, ontem e sempre”.

Ao ver nos olhos da amada o desprezo, o Sol enfurecido usou mais uma vez o seu poder transformando sua rainha amada, num dos mais belos astros do sistema solar, entretanto a bela necessitaria eternamente da luz do sol para brilhar e se aquecer, para que Lua não ficasse sozinha Tupã transformou todas as suas amigas em estrelas.


Desta forma o Sol (Deus Tupã), a Lua (Sua Amada) e as Estrelas (Amigas da Lua) subiram aos céus. Deixando Mar para traz. Sobre a terra ficou o mais triste dos homens que acabava de perder o seu amor para o próprio Deus Tupã, em um relance de pensamento o mesmo lembrou de suas palavras desafiando o Deus em outrora, o mesmo arrependeu-se de ter posto o amor de Lua em desafio.



Por dias, semanas, meses e talvez anos o mesmo gritou aos céus a volta do seu amor presa ao firmamento, mas era tarde a Lua tinha partido para nunca mais voltar. Em uma última tentativa de lucidez, o Mar pediu a Tupã que o perdoasse e devolvesse sua amada aos seus braços ou o tirasse daquela situação, daquela forma humana e chorou, chorou como ninguém jamais havia chorado na face da terra, se transformando em um mar de água salgada, Tupã ao ver a súplica o transformou no próprio pranto, dando origem aos oceanos.



Foi assim que entre o crepúsculo e o amanhecer, para todo o sempre estava criado os astros do céu, o Sol (o próprio Deus Tupã) com todo o seu esplendor, vestido de luz. Apaixonado pela Lua presa ao firmamento. A Lua com seu coração frio e vazio, presa ao firmamento por Tupã, longe do seu amor o Mar, só permitiu ser cortejada pelo Sol (seu dominador) de épocas em épocas, nós eclipses sololunar.


A Lua passou a ser reflexo da solidão. Entretanto todos sob a face da terra sabem que a Lua continua a atrair o Mar (chamá-lo), durante a ausência do sol. Certas noites a lua chega a provocar catástrofes na terra de tanto chamar o Mar para próximo de sí. Já o mar se transformou em um infinito de água salgada, oriunda do pranto da desilusão de seu amor desfeito por Tupã.


Dizem que os apaixonados em noite de lua cheia conseguem ver a Lua descer e tocar o mar (seu amado) que se enche todo por alguns instantes, sendo interrompida com a volta do Sol pela manhã. Foi assim que desde os tempos ancestrais, antes da existência do próprio firmamento. Que o Sol (Deus Tupã) apaixonou-se pela jovem Lua. E mesmo vestido como o mais poderoso dos astros, cheio de luz e calor, não teve seu amor correspondido. Essa é a história do surgimento do firmamento, a história do Sol, da Lua e do Mar.
TEXTO: CÁSSIO MARQUES E ILUSTRAÇÕES: FELIPE MAMU